(Foto: Divulgação/Instagram)
Em entrevista ao Perfil Música Boa, A Dama do Pagode fez um bate-papo com Grag Queen e falou um pouco sobre sua carreira e principalmente o machismo no pagode baiano.
"A sociedade colocou na minha mente 'Mulher no pagode? Será que acontece?' Existem várias mulheres cantando pagode em Salvador e eu já tinha esse medo, porque todas elas que tentaram conseguiram ir tão longe. E eu falava 'Poxa, não vai dar para mim não', mas eu não desistir e me mantive firme. E se não fossem essas mulheres tentando, abrindo portas, talvez eu não estaria aqui", afirmou.
"Eu costumo dizer que muitas pessoas cantam, muitas pessoas conseguem fazer outras dançarem a suas músicas, mas poucas pessoas conseguem levar letras que mude a vida de alguém. E as minhas letras mudam a vida das mulheres, eu digo isso porque eu escuto. Chego nos lugares e elas falam 'Depois que escutei você, consegui me valorizar mais, a me respeitar mais, a me colocar no lugar de independente e não precisar de homem para nada', então o meu papel hoje é salvar vidas, é mostrar para essas mulheres que elas podem ser o que quiserem em qualquer lugar", completou falando.
Por fim, a cantora conta sobre a dificuldade de crescer na música: "O pagode é extremamente machista. Eu emplaquei hits, mas a minha agenda de shows não chegou nem perto de uma agenda de homem que bate um som e roda a Bahia inteira. Mesmo batendo milhares de músicas, no final os donos de paredões são homens, contratantes são homens. Então, é muito difícil, é uma luta diária".
Confiram a entrevista completa abaixo: